sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Confabulando sobre ética

Por Raíza Araújo


Texto do AquiPE:

Bebe negão!

… após a 37ª, ambos perderam a conta e beberam água (que passarinho não bebe, claro)
Deu para entender por que a duplinha fez a besteira de provocar a torcida organizada do rival, ao queimar e rasgar o gorrinho, não? Passada a ressaca do vacilo, Edu “Manguaça” e Kiki “Papudinho” se desculparam e não sofreram punição. Ainda rebateram as críticas alheias: “Vocês não nos conhaque (sic). Não sabe de onde vinho (sic). Por isso, não nos campari (sic) com qualquer rum (ic, ic)”.
Pelo visto, o coitado do Alexandro teve demissão sem justa causa.


O AquiPE é um jornal estilo tablóide conhecido pelo seu apelo popular. A linguagem utilizada na reportagem citada acima se camufla de “popular” para tratar com discriminação, e até mesmo incentivar o preconceito, exemplo disso é o termo utilizado no título: “Bebe negão”. Porque negão? Aliás, negão?

Além disso, o texto é totalmente parcial, tira conclusões baseadas em uma montagem de fotos, expondo pessoas públicas de maneira vexatória e o pior de tudo, fogem completamente da ética jornalística ao criar a versão dos envolvidos, denegrindo a imagem dos jogadores (“Edu “Manguaça” e Kiki “Papudinho”” ) e a realidade do que aconteceu.

Na notícia, o fato é que os jogadores Kieza e Eduardo Ramos do Náutico apareceram em fotos queimando um objeto com o símbolo do rival, o Sport. Na mídia, surgiu também uma foto da equipe do Náutico comemorando a subida para a 1ª divisão do Campeonato Brasileiro com bebidas. Os jogadores se redimiram e não houve punição. O fato foi esse, o resto AquiPE inventou.       

Férias, já!

Por Raíza Araújo

Incerteza e vontade, 2011 foi o ano decisivo do curso de jornalismo para mim. A hora de conhecer melhor a profissão que eu quero para o resto da minha vida, olhar as áreas que eu posso atuar, e antes de tudo, ver se realmente eu tenho talento para coisa. A meta inicial era conseguir um estágio, e aprender tudo o que pudesse de cada área.

Daí, comecei a trabalhar na Revista Torcida, e aprendi muita coisa, e é onde estou trabalhando atualmente. Hoje posso dizer que eu sou repórter, subeditora, corretora, pautera, estagiária,... e o salário ainda é o mesmo. Mas com isso e no decorrer do curso, pude ir vendo quais são minhas facilidades e dificuldades, acabei descobrindo coisas boas e ruins sobre mim.

A boa é que eu não só gosto de escrever, como cada vez mais estou me sobressaindo com as letras. A cada nova reportagem o sentimento de fazer uma coisa diferente que as pessoas achem interessante ler, quebrando preceitos meus do que seriam coisas chatas e as tornando um pouco mais atrativas. A ruim, é que eu preciso me soltar mais na frente das câmeras, e achar o ritmo certo para o rádio. Tudo bem, eu realmente gosto de escrever.

Tirando tudo isso, o período foi super corrido e puxado. Alguns professores não têm consciência que alguns alunos também trabalham e tem vida social. Se tivesse mais tempo teria estudado mais, mas deu pra aprender algumas coisas. Porém a verdade é que só trabalhando mesmo, adquirindo experiência a cada novo desafio, que você pode absorver e melhorar profissionalmente. No mais, preciso de férias, já!

Denúncia: trânsito constante interfere na vida pessoal

Por Raíza Araújo

Flávio Junior mora a nove anos, na Rua Nossa Senhora da Conceição, na Cidade Tabajara, e todos os dias enfrenta o mesmo problema para se locomover, o congestionamento de veículos. Flávio é design e já é conhecido pelos seus atrasos no ambiente de trabalho. O tempo do percurso que ele faria sem trânsito, de onde ele mora para a Av. João de Barros, é de 20min, mas ele passa cerca de 45min a uma hora, sempre na mesma linha de ônibus, o PE 15 Boa Viagem.

O tempo que ele perde na viagem de casa para o trabalho e do trabalho para casa, atrapalha a vida profissional e pessoal dele. Várias vezes já chamaram sua atenção por conta de atrasos. “Teve um acidente perto do Tacaruna (shopping), eu passei 2h 30min no trânsito. Isso é horrível, a pessoa já vai para o trabalho cansada, e ainda tem que ouvir dura do chefe”, contou. Fora o congestionamento o design confessa que é raríssimo conseguir um lugar para ir sentado no ônibus.

A realidade de Flávio é a de muitos pernambucanos, que precisam enfrentar o trânsito para fazer suas obrigações. Está na hora das autoridades responsáveis começarem a implantar medidas para a diminuição do tráfego de veículos. Com isso até as taxas de acidentes possivelmente cairiam. E antes de qualquer coisa, Pernambuco precisa melhorar a qualidade do transporte público, pois assim, mais pessoas andariam de ônibus ao invés de carro.          

Em rede

Por Raíza Araújo


As redes sociais assumiram um papel importante nas características do que pode ser considerado um novo aspecto do jornalismo. As pessoas se transformaram em produtoras de notícias, elas postam nas redes sociais, entram em contato com conglomerados de mídia para passar informação. O jornalismo passa a ser feito com a ajuda de todos. As informações estão circulando cada vez mais rápido na rede, se alguém gostou de determinado assunto, pode divulgar isso para as outras pessoas, e com isso, vai formando um circulo vicioso de conteúdos e notícias. Cada vez mais as pessoas querem fazer parte do que está acontecendo, ou seja, elas querem ver a foto que elas tiraram ou a “notinha” que fizeram sendo vista por um número significativo de pessoas. 

Carne e Osso

Por Raíza Araújo


Carne e Osso é um documentário que trata de mostrar a dura realidade das pessoas que trabalham em frigoríficos. As péssimas condições de trabalho, os danos a saúde, falta de material para prevenção de acidentes, exploração, pressão, e ameaças, esse é o ambiente, denunciado por Carne e Osso, de grande parte dos frigoríficos brasileiros.

No documentário, vemos o depoimento de várias pessoas que sofreram acidentes de trabalho ou que ficaram com algum tipo de lesão, por causa do excesso de serviço, algumas continuaram até onde puderam no frigorífico, pois aquela era a única fonte de renda. Gente que sofreu a vida toda ali, e que no final acabou sendo demitida por ficar doente, e além disso, encarar o medo de denunciar a empresa e os familiares que trabalhavam lá serem demitidos.

 As pessoas sendo tratadas como máquinas, é a principal denúncia que se faz, e as conseqüências que isso acarreta. A emoção é um dos pontos mais explorados no filme, a cada novo depoimento dá para sentir a angústia que aquelas pessoas compartilham. A maioria dos que sofrem com a falta até mesmo de respeito dos donos de frigoríficos estão calados, pois precisam do emprego, outros, tem a certeza que “perderam” sua vida no frio daquele lugar.  

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Descaso ou falta de conhecimentos 2

Por Joana Medeiros

Ao ler o post sobre “descaso ou falta de conhecimentos” algumas leitoras resolveram ajudar a divulgar essa falta de interesse das empresas desta área em trabalhar direito e deixar a rua aceitável para que os pedestres possam andar nas calçadas e os motoristas não acabem com seus carros.

Um dos casos foi relatado pela aposentada Ina Maria. Ao passar pela esquina da Rua Verdes Mares com a Rua Setúbal, perto do Hotel Atlante Plaza, avistou um pequeno buraco.

Dias depois a rua foi recapeada, mas não durou muito para o local aonde existia o buraco afundar novamente. Hoje conformados pelo descaso, moradores colocaram lixo e madeira para indicar que o local é fundo.

Está acabando!

Por Joana Medeiros

Está acabando. Para quem não ficar na final poderá desfrutar das noites durante a semana a partir deste sábado, 03 de dezembro. Quando este acabar, metade do curso já terá ido embora e somente (ou ainda), mais dois anos estarão nos aguardando em fevereiro.

Cansados e sem disposição para mais nada, nos vemos desistir de algumas aulas por motivos bobos. Qualquer desculpa se tornou uma missão impossível para chegar à sala de aula.

O pior de todos os desafios foi enfrentar as aulas do sábado. Sim, às 7 horas da manhã, em pleno sábado, os estudantes de jornalismo acostumados a ter aula a noite e estudar de madrugada tinham que levantar da cama para se acomodar na sala 510, um local escuro e frio, convidativo a todos dormirem depois de uma semana estressante.

Outro diferencial para muitos este semestre foi o começo do estágio. Leis que não são cumpridas nos fizeram trabalhar a mais e em finais de semana. E se não fosse o próprio estágio, os trabalho da faculdade fizeram esse favor para nos ocupar nos finais de semana.

Agora estamos sentindo de verdade o que é fazer jornalismo. É não ter horário, está sempre atento e conseguir ser Bombril: mil e uma utilidades.